Postagens

Mostrando postagens de 2010

O Dilema de Barak Obama

O Dilema de Barak Obama A histórica eleição do candidato democrata Barak Obama para a presidência dos EUA em 2008 encheu o mundo de esperança depois da desastrosa gestão econômica e política do republicano George Bush. O surpreendente em Obama foi sua eleição em uma nação de histórico racista onde a famigerada Ku-Klux-Klan floresceu nos estados sulistas ( Texas, Alabama, Geórgia, Carolina do Sul, etc) e onde ainda hoje o preconceito racial persiste. Porém, a mesa de trabalho de Obama está repleta de problemas não apenas domésticos mas de abrangência internacional. No setor interno ainda estão na agenda do dia a explosiva situação da dívida pública dos EUA, desemprego em alta, crise no sistema de saúde Medcare e déficit na balança comercial com muitos países. E na seara externa ainda pesa o conflito com o Afeganistão, Iraque, Coréia do Norte, Israel x Palestina, Cuba, Guantánamo, etc.. Agora surge outra grossa encrenca: a divulgação pela organização Wikileaks de inúmeros do

Uma guerra cambial?

Por: João Neutzling Júnior, Economista, mestre em Educação e professor da Faculdade de Tecnologia Senac/Pelotas - Jknj.@terra.com.br A recente reunião do G20, grupo dos 20 países mais ricos do mundo (que representam 85% do PIB do planeta), em Seul, na Coreia do Sul, não resultou em medida alguma de mudança na atual estrutura econômica mundial. E não poderia ser de outra forma. O governo dos Estados Unidos acusa a China de manter sua moeda, o yuan, desvalorizada artificialmente o que faz do gigante asiático ser o maior exportador de bens de consumo do mundo. A China tem uma taxa de crescimento do PIB da ordem de 10% ao ano e é o grande receptor de investimentos estrangeiros na Ásia. Sua taxa de desemprego é baixa, tem forte superávit na balança comercial, mercado consumidor interno em expansão, grande estabilidade política (regime de partido único) e o país acumula reservas cambiais de 2,7 trilhões de dólares. Por que mudar então? Na outra ponta do pacífico, os EUA tem déficit a

Por que Baixar os Juros?

Por que Baixar os Juros?             Todos sabem que a taxa de juros e a taxa de câmbio são preços chaves no desempenho macroeconômico de qualquer país. E no atual momento de crise econômica que assola o mundo inteiro a manutenção de uma política monetária restritiva por parte do Banco Central do Brasil soa como inadequada.             Os juros podem ser entendidos de duas formas: a) ou é a remuneração pela renúncia à liquidez, b) ou é o custo que se paga para usar a poupança financeira alheia. No primeiro sentido basta ver, como exemplo,   a remuneração da nossa tradicional caderneta de poupança que paga 0,6% am. Por outro lado, o sujeito que necessita tomar recursos financeiros emprestados junto a um banco paga taxa s de até 10% am (no caso do cheque –especial).             A diferença entre as duas taxas chama-se, na linguagem econômica, de ‘spread’ bancário. E no caso brasileiro é um dois maiores do mundo. Os maiores beneficiados desta conjuntura são os bancos que pagam taxas

A Tragédia do Iraque

A Tragédia do Iraque             Semana passada a ONG sueca Wikileaks divulgou um relatório sobre as inúmeras atrocidades cometidas pelo exército dos EUA   durante a ocupação criminosa do Iraque. E as próprias autoridades iraquianas afirmaram publicamente que tal relatório não continha surpresas pois era notório que a invasão americana (2003-2209) foi um ato deliberado de violação do direito   internacional e dos direitos humanos.             Em setembro de 2001 ocorreu o ataque suicida de dois aviões comerciais americanos contras as torres gêmeas do World Trade Center em New York, fato amplamente filmado e   divulgado por toda a imprensa .   Importante lembrar que não houve registro fotográfico de um suposto ataque contra o Pentágono e de um quarto avião que teria sido derrubado nos arredores da Pensilvânia nos EUA.             Rapidamente o governo presidente George Bush declarou que tal agressão tinha sido orquestrada pela Al-Qaeda e pelo líder iraquiano Saddam Hussein. Foi o su

A GUERRA CAMBIAL E O CRESCIMENTO ECONÔMICO

Imagem
A GUERRA CAMBIAL E O CRESCIMENTO ECONÔMICO Por prismajr Rodrigo Alves Teixeira* Um dos temas da macroeconomia internacional mais discutidos no momento é o que o ministro Guido Mantega chamou de “guerra cambial”. A expressão refere-se à onda de depreciações das moedas de vários países, mas principalmente do dólar, relativamente às demais moedas. Isto acaba por baratear as exportações de bens e serviços destes países, porém em detrimento dos demais, que verificam redução das suas exportações e aumento das importações, podendo conduzi-los a déficits comerciais. A desvalorização cambial, em vários momentos históricos, foi utilizada como instrumento de competição comercial. Por exemplo, um dos fatores que impediram a retomada do padrão-ouro  – arranjo monetário internacional pelo qual os países deveriam manter taxas de câmbio fixas, ou seja, uma paridade fixa entre suas moedas e o ouro – após a Primeira Guerra Mundial, foi o fato de as economias européias, que necessi

Adeus Kirchner

  Adeus Kirchner             A recente morte precoce do ex-presidente argentino Nestor Kirchner ressuscita uma avaliação do recente período da história do nosso vizinho país.             A Argentina é o segundo maior país da América   Latina com área física maior que 2 milhões de quilômetros quadrados, com população de quase 40 milhões de habitantes, de idioma espanhol e com população predominantemente católica e que obteve sua independência em 1816 através da   Conferência de Tucuman. E que no início do século XX era a sétima maior economia do mundo com muitas terras férteis e vastas extensões de campo propícias para cultivo de grãos   e pecuária.   E é o principal sócio do Brasil no Mercosul, além de ser forte receptora de investimentos brasileiros nas áreas financeiras, comércio, tecidos, máquinas agrícolas, bebidas e petróleo entre   outros   produtos.             A Argentina foi o primeiro país da América Latina a ter sistema de iluminação pública das ruas e a ter metro subte

Os rumos da economia, por Nelson Barbosa

Os rumos da economia, por Nelson Barbosa Enviado por luisnassif, sex, 29/10/2010 - 09:08 Dívida abaixo de 30% do PIB e juro de 2% em 2014 | Valor Online Claudia Safatle Aumentar o esforço fiscal, com uma meta de superávit primário mais ambiciosa, é a receita de maior consenso entre os economistas de tendências variadas para o governo enfrentar, de forma mais estrutural e efetiva, a apreciação do real. Maior superávit equivaleria a menos dívida interna e, portanto, possibilidade de taxas de juros mais modestas. Com juros reais compatíveis com as taxas internacionais, o capital externo não se sentiria tão atraído pelos ganhos de arbitragem e a pressão pela sobrevalorização da moeda brasileira seria menor. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, tem, no entanto, uma visão distinta desse quase consenso. Ele acha importante o retorno do superávit primário para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) que, associado a um

O Valor do Marketing

O Valor do Marketing             As empresas e instituições públicas que operam no cenário capitalista enfrentam, contemporaneamente, uma série de adversidades e desafios que   lhes são impostos pela concorrência doméstica e estrangeira. Uma das estratégias adequadas para ser eficiente no atual cenário de competição é utilizar-se de forma eficiente das técnicas e estratégias de marketing.             O marketing pode ser conceituado, de forma breve, como um conjunto de estratégias econômicas que visam aperfeiçoar as relações de consumo gerando satisfação e utilidade para o cliente e rentabilidade para a empresa dentro de um ambiente de bem-estar social. Vários teóricos da área empresarial como Philip Kotler, Peter Drucker, Raimar   Richers, Las Casas, Theodore Levitt, entre outros, sempre enfatizaram a necessidade de contextualizar a política de marketing de uma empresa no ambiente onde ela opera de forma a aumentar a aderência de uma marca ou produto junto ao mercado consumidor. N